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Para ser viva, a Maesa precisa ser mais do que um prédio


Foto: Jessica De Carli

Por Jessica De Carli Tomo posse hoje, dia 21 de junho de 2021, na Comissão Especial de Acompanhamento do Projeto de Uso e Gestão do Complexo Cultural e Turístico MAESA, representando o Vivacidade, com o olhar em um futuro que acredito ser possível e lindo. Quero ver a Maesa se tornar muito mais do que um prédio, ser transformada em um equipamento público vivo, com múltiplas funções e repleto de pessoas. Não preciso detalhar aqui que, obviamente, reconhecemos o valor da Maesa como patrimônio histórico e a necessidade de o uso dela ser pensado junto com a sociedade. Não apenas defendemos isso no Vivacidade, como estamos participando dessa discussão. Aquele lugar gigantesco e tão importante para a história de Caxias do Sul tem condições de ser muitas coisas. Então, por que ser uma só? Para a Maesa se tornar um organismo vivo, deixando de ser apenas um prédio, acredito que ela deva ser plural, e é possível fazer isso. Trata-se de um conjunto de várias edificações e construções que foram feitas ao longo do tempo, há uma praça interna e todas as condições para que ela seja um espaço repleto de vida cotidiana. Olho para a Maesa e lembro do High Line Park, em Nova York. Ao lado dos vestígios da linha férrea que existia naquele lugar, há vegetação, infraestrutura e, principalmente, pessoas circulando. A partir de uma conversa com a sociedade, acredito ser possível criarmos múltiplas funções para a Maesa, incluindo essa de parque - ou praça, como é chamado o espaço que já existe -, reunindo pessoas para tomar chimarrão, caminhar, ver os amigos. A vida da cidade está nas pessoas. E eu sonho com uma Maesa viva, repleta de atrativos que nos façam querer ir para lá. Sonhando um pouco mais alto, enxergo até mesmo lofts com escritórios integrados e pessoas morando por lá. Por que não? Com acesso facilitado a farmácias e outros serviços no térreo, por exemplo. São apenas ideias jogadas na conversa, a etapa que vamos começar e que eu fico muito feliz em ver a sociedade civil representada. É chegada a hora de trocarmos experiências, propostas e sugestões. O espaço é grande o suficiente para integrar diversos atrativos. O fundamental é que as pessoas se sintam bem em estar lá. Deixo aqui também uma outra reflexão: que todos nós passemos a enxergar a Maesa como a grande mãe da preservação do patrimônio histórico em Caxias do Sul. Além dela, também temos outras edificações menores que merecem atenção e carinho. Temos riqueza arquitetônica na cidade e está nas nossas mãos mantê-la em pé. Hoje, damos um grande passo em direção a isso, começando a desenhar a nova Maesa. Que seja apenas o início de um futuro incrível!

1 comentário

1 Comment


Francisco Arteche
Francisco Arteche
Jun 21, 2021

Olá! Uma das primeiras finalidades que ouvi sobre a utilização da Maesa, foi um mercado público, mas nos lugares onde são atrativos, a centralidade é um requisito, como Porto Alegre, Florianópolis, etc. Teatros, cinemas, sinto, mas aproveitássemos melhor os que existem já seria suficiente. Desculpe a comparação, mas seria como abrir novas lavouras em detrimento do aumento da produtividade das já existentes. Instalem secretarias de grande procura popular, façam os habitantes procurarem por necessidade a Maesa, que logo em seguida, o boca a boca trará a população para aproveitar os espaços que lá se instalarem. Não pensem na Maesa como um filtro, levando para lá o que é "in", deixando o "out" para o restante da cidade.

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